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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Perdi o toque. Não sei mais como interagir direito com as pessoas, sempre achei que fosse como andar de bicicleta... a gente nunca esquece. Mas esquece sim, tudo é esquecido nessa vida. Amor esquece, ódio esquece, saudade esquece, rancor esquece, você esquece. Sempre me senti um outsider, hoje vejo que estive certo desde o começo. Darling, somehow it feels like I don't belong and there's nothing anyone can do about it. It's all me. Fico aqui então, escutando o meu sadcore e olhando as pipas no céu. O que você vê quando olha pra cima?

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domingo, 4 de setembro de 2011

Faz tempo que não escrevo, as vezes me pego desajeitado em frente ao papel, sinto que não faz sentido e isso se dá devido a eu mesmo não achar um sentido pra sorrir. Passei as últimas semanas bem, até tivemos uma conversa amigável em que tu sentiu orgulho de mencionar o novo namorado, e pro meu espanto: não me machucou. Não doeu, não restou mágoa e ao entender isso eu fiquei feliz, passei tanto tempo aqui na cidade do eu sozinho, que aprendi a construir essa armadura. É isso mesmo que aconteceu, estou pronto pra outra. Hoje é domingo, nunca gostei desse dia pois sempre significou o fim de alguma coisa, a tristeza bateu. Percebi que fiquei pra trás, em todos os sentidos. Solidão. Li uma carta de Caio Fernando Abreu que dizia: "Estou me transformando aos poucos num ser humano meio viciado em solidão. E que só sabe escrever. Não sei mais falar, abraçar, dar beijos, dizer coisas aparentemente simples como “eu gosto de você”. Gosto de mim. Acho que é o destino dos escritores. E tenho pensado que, mais do que qualquer outra coisa, sou um escritor. Uma pessoa que escreve sobre a vida – como quem olha de uma janela – mas não consegue vivê-la". É visceral pra mim, me sinto do mesmo jeito. É bom que não se sinta assim, acho que poucos aguentam tamanha provação. Meus olhos cheios de segredos olham ao redor e falam tanto, mas ninguém parece falar o meu idioma.